quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O PODER DE UM BOM PROFESSOR!


" O exemplo não e a melhor maneira de influenciar uma pessoa, é a unica". 

Por isso, Pelos simples feito deste brilhante professor em minha vida escolar, Hoje TEMOS este Blog!

Quero dedicar este texto ao meu Eterno Professor, DANIEL NICOLAS! ( muitos devem conhecer) Onde eu posso dizer que não aprendi só  o inglês 'para o vestibular', mais foram as aulas que eu mais aprendi a viver, a não desistir de mim mesmo, a sempre acreditar que mesmo nas minhas fraquezas, sempre é possível, quando se quer, levantar e de cabeça erguida enfrentar os problemas da vida. 



DANIEL NICOLAS , DEUS TE ABENÇÕE CADA DIA MAIS!


‘Há pontos altos na vida de todos nós, e a maioria deles vem do incentivo de outra pessoa.’

(George Adams)

Estávamos sentados na sua sala, dando risinhos, nos cutucando e falando sobre os acontecimentos do dia, como o estranho rímel roxo que Cindy estava usando. A Sra. Virginia DeView limpou a garganta e nos pediu silêncio.

- Agora – disse ela sorrindo -, vamos descobrir nossas profissões.
- A turma toda deu uma exclamação de surpresa. Nossas profissões?
Olhamos uns para os outros. Tínhamos só 13 e 14 anos. Aquela professora estava doida.
Era mais ou menos assim que os alunos viam Virginia DeView, com seus cabelos presos em um coque e seus dentes grandes, saltados, saindo pela boca. Por causa de sua aparência, ela era sempre um alvo fácil para risinhos e piadas cruéis entre os alunos.

Ela também irritava seus alunos porque era exigente. A maioria de nós simplesmente ignorava sua inteligência.
- Sim, todos vocês vão procurar suas futuras profissões – disse ela com o rosto iluminado, como se aquela fosse a melhor coisa que fizesse em sua aula a cada ano. – Vão ter que escrever um trabalho sobre sua futura carreira. Cada um de vocês vai ter que entrevistar alguém da sua área e fazer um relatório oral.
Fomos para casa confusos. Quem sabe o que quer fazer aos 13 anos? No entanto, eu sabia de algumas das minhas escolhas. Gostava de arte, de cantar e de escrever. Mas era péssima em arte, e quando eu cantava minhas irmãs gritavam:
- Ah, por favor, cale a boca! – A única coisa que sobrava era escrever.
Todos os dias, durante a aula, Virginia DeView nos perguntava: Em que ponto estávamos? Quem tinha escolhido sua carreira? No final, quase todos nós tínhamos escolhido alguma coisa, e eu escolhera jornalismo impresso. Aquilo significava que eu ia entrevistar um repórter de jornal de carne e osso, e eu estava aterrorizada.
Sentei-me na frente dele praticamente sem conseguir falar. Ele olhou para mim e disse:
- Você trouxe lápis ou caneta?
Fiz que não com a cabeça.
- E papel?
Fiz que não com a cabeça de novo.
Finalmente, acho que ele percebeu que eu estava aterrorizada e recebi minha primeira grande dica como jornalista.
- Nunca, nunca vá a lugar nenhum sem lápis e papel. Você não sabe o que vai encontrar.
Durante os noventa minutos seguintes, ele me encheu de histórias sobre assaltos, ondas de crime e incêndios. Ele nunca se esqueceria do trágico incêndio onde tinham morrido quatro membros da mesma família.
Alguns dias depois, fiz meu relatório oral totalmente de cabeça, pois tinha ficado muito impressionada. Tirei a nota máxima.
À medida que o ano letivo se aproximava do fim, alguns estudantes muito rancorosos decidiram dar o troco em Virginia DeView por nos fazer trabalhar tão duro. Quando ela estava virando uma esquina, jogaram uma torta na cara dela com a maior força possível. Ela se machucou de leve fisicamente, mas foi emocionalmente que ficou ferida de verdade. Não voltou à escola durante vários dias. Quando ouvi a história, foi como se um buraco profundo e feio se abrisse na minha barriga. Senti vergonha por mim mesma e por meus colegas, que eram incapazes de ver, por trás da aparência de uma mulher, seu fenomenal talento para ensinar.

Os anos se passaram e eu me esqueci completamente de Virginia DeView e das carreiras que escolhemos. Estava na faculdade, à procura de uma nova carreira. Meu pai queria que eu fosse executiva, o que parecia um bom conselho na época, mas o problema era que eu não levava absolutamente nenhum jeito para negócios. Então me lembrei de Virginia DeView e do meu desejo de ser jornalista aos 13 anos.

 Liguei para meus pais:
- Estou mudando de curso – anunciei.
Houve um silêncio perplexo do outro lado da linha.
- Para qual? – perguntou meu pai finalmente.
- Jornalismo.

Eu podia sentir o descontentamento nas vozes de meus pais, mas eles não me impediram. Apenas me lembraram o quanto aquela área era competitiva e como durante toda a minha vida eu evitara a competição.
Era verdade. Mas o jornalismo mexia comigo, estava no meu sangue. Ele me dava a liberdade de abordar completos desconhecidos e fazer-lhes perguntas diretas. Ele me treinava para conseguir respostas tanto na minha vida profissional quanto na pessoal. Ele me dava confiança.

Durante os últimos 12 anos, tive a carreira de repórter mais incrível e satisfatória possível, cobrindo matérias que vão de assassinatos a acidentes de avião, e finalmente me concentrando naquilo de que gosto e que faço bem. Eu adoro escrever sobre os momentos delicados e trágicos da vida das pessoas, porque tenho a impressão de que aquilo as ajuda de alguma maneira.

Certo dia, durante uma entrevista, fui invadida por uma incrível onda de lembranças e percebi que, se não fosse por Virginia DeView, eu não estaria fazendo aquele trabalho.
Ela provavelmente nunca vai saber que, sem a sua ajuda, eu não teria me tornado jornalista e escritora. Imagino que estaria metida no mundo dos negócios, infeliz e frustrada. Pergunto-me quantos outros alunos da sua sala aproveitaram aquele projeto de carreira.

As pessoas me perguntam o tempo todo:
- Por que você escolheu o jornalismo?
- Bom, sabe, eu tinha uma professora... – Sempre começo assim. Só gostaria de poder agradecer a ela.

Acredito que, quando as pessoas pensam nos seus dias de colégio, encontram a imagem desbotada de um único mestre – sua própria Virginia DeView. Se tiverem oportunidade de agradecer-lhe, façam isso. Eu gostaria de fazer.

Diana L. Chapman


Atenciosamente, 
--
Equipe Jovem! 
(contatojovem2011@gmail.com)

Um comentário:

  1. uma bela homenagem para um cara incrível! Daniel Nicolas é simplesmente uma das pessoas mais inspiradoras que eu já conheci, me sinto honrada de ser aluna desse grande mestre.

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