segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM MENINO DE FUTURO!


O que o anjo faria com aquele menino desleixado?

Era uma vez um menino muito desleixado e mal-educado. Se tirava, não guardava. Se guardava, era de qualquer jeito. Se tirava a roupa, onde caía, ficava. Escovava mal escovado, quando escovava. Penteava atrapalhado.

Seus pais tentavam fazer com que ele melhorasse. E falavam no seu ouvido. E falavam de novo. E filho isso, filho aquilo, faça assim, nao faça assado. Mas ele não melhorava, nem um pouquinho que fosse.

Porém, o menino tinha um anjo da guarda muito paciente e bom (haverá algum que não seja?), que se preocupava com ele. O anjo sabia que, se o menino continuasse assim, seria muito ruim para ele. Já havia tentado aparecer nos seus sonhos, sem resultado. Então o anjo tomou uma decisão: iria aparecer de verdade para o menino. É, anjos não costumam aparecer, mas podem quando querem. E ele assim o fez.

Um dia, o menino tomava seu banho (desleixado) quando chamou sua atenção uma luz suave entrando pela pequena janela do banheiro. Seu coração bateu mais forte: a luz foi tomando forma, a forma de um moço bonito, com belas asas brancas e vestido com uma bata azul, suspenso no ar. O garoto não sabia se gritava, se pegava a toalha ou se corria, e ficou imóvel, de boca aberta e olhos arregalados, olhando o anjo.

O anjo fez um sinal para o menino fechar a torneira do chuveiro, e ele o fez. Em seguida apontou para a parede, onde começaram a surgir imagens, como num filme. Ao se ver no filme, o menino se interessou, e até se esqueceu de perguntar quem era o anjo. Esqueceu-se até de que estava pelado.

E o menino viu, nas imagens muito coloridas do filme, ele mesmo. Não o menino desleixado e mal-educado. O que ele viu foi a si mesmo guardando suas roupas no armário. Viu-se escovando muito bem os dentes, e viu estes muito brancos e bonitos. E se viu brincando e também organizando seus brinquedos. Viu-se brincando na terra e depois colocando as roupas sujas no cesto de roupa para lavar. Viu-se respeitando os mais velhos, e também os mais novos. Viu também como tinha tempo para estudar e para brincar. E viu mais: viu como seus pais ficavam satisfeitos com ele. Viu como tinha muitos amigos, e como os amigos gostavam dele, e os pais dos amigos também gostavam dele.

E o filme continuou a passar, com cores bonitas. O menino do filme foi crescendo.Passando de ano na escola com boas notas. Brincando, na hora de brincar. Namorando, na hora de namorar. Ajudando nas coisas da sua casa. Tudo com muito capricho e cuidado. Viu-se também ajudando pessoas, e sendo ajudado. Em cada idade, muitos amigos e amigas, e uma expressão feliz. Viu-se também errando algumas vezes, e aprendendo muitas coisas interessantes com os erros. E viu que ele também estava mais satisfeito consigo mesmo. Eram tantas coisas bonitas que o menino sentiu vontade de entrar no filme.

De repente, ao lado desse filme surgiu outro filme, com imagens bem diferentes, que o garoto conhecia muito bem. Nestas novas imagens aparecia ele, o garoto desleixado, escovando mal os dentes. Tratando mal as pessoas. Fazendo seus deveres de qualquer jeito. Quando o garoto do segundo filme começou a crescer, repetindo o ano na escola e com os dentes cariados, o menino, desviando o olhar das imagens, tapou os olhos com as mãos. O anjo viu que ele tinha percebido o que iria aparecer ali, e as imagens do segundo filme foram enfraquecendo, enquando o primeiro filme ficava ainda mais belo.

Nesse momento, alguém bate na porta e ouve-se a voz da mãe do menino reclamando da demora. O menino, tirando as mãos dos olhos, vê o anjo levando o dedo indicador à boca, como quem diz: "você não precisa contar para ninguém". As imagens na parede sumiram e o anjo foi voltando à forma de luz até desaparecer pela janela, enquanto o menino olhava, maravilhado.

Ouvindo de novo a voz da mãe insistindo, o menino respondeu, enquanto esfregava atrás das orelhas com a bucha:
- Mamãe, é que estou caprichando!
Virgílio Vasconcelos Vilela 
Atenciosamente, 
           --
          Equipe Jovem
        (contatojovem2011@gmail.com)

3 comentários:

  1. você que escreve neste blog parece ser uma pessoa que não desiste de nada, me diz o que eu faço quando estou quase para desistir de tudo?

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  2. "Mesmo desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para mim, vencer é nunca desistir."

    Albert Einstein

    "Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez."


    NÃO DESISTA NUNCA


    Se você não acreditar naquilo que você é capaz de fazer; quem vai acreditar?
    Dizer que existe uma idade certa, tempo certo, local certo, não existe.

    Somente quando você estiver convicto daquilo que deseja e esta convicção fizer parte integrante do processo.
    Mas quando ocorre este momento? Imagine uma ponte sobre um rio. Você está em uma margem e seu objetivo está na outra.
    Você pensa, raciocina, acredita que a sua realização está lá.
    Você atravessa a ponte, abraça o objetivo e não olha para traz.
    Estoura a sua ponte.
    Pode ser que tenha até dificuldades, mas se você realmente acredita que pode realizá-lo, não perca tempo: vá e faça.
    Agora, se você simplesmente não quer ficar nesta margem e não tem um objetivo definido, no momento do estouro, você estará exatamente no meio da ponte.

    Já viu alguém no meio de uma ponte na hora da explosão... eu também não. Realmente não é simples.

    Quando você visualizar o seu objetivo e criar a coragem suficiente em realizá-lo, tenha em mente que para a sua concretização, alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja, facilidades e dificuldades aparecerão, mas se realmente acredita que pode fazer, os incômodos desaparecerão.

    É só não se desesperar. Seja no mínimo um pouco paciente. Pois é, as diferenças básicas entre os três momentos são:

    ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA

    Você começou a sonhar... sonhar... sonhar! De repente, sentiu-se estimulado a querer ou gozar de algo melhor.
    Entretanto, dentro de sua avaliação, começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle, não permitem que suas habilidades e competências o realize.
    Pergunto, vale a pena insistir?
    Para ficar mais tangível, imaginemos que uma pessoa sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora não o permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?
    Para que você não fique no mundo da lua, meio maluquinho, estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este objetivo e parta para outros sonhos!

    ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE ATRAVESSÁ-LA

    Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço.
    O fato de você desejar não ficar numa situação desagradável é válido, entretanto você não saber o que é mais agradável, já não o é! Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em pensamento, não leva a lugar algum. Você tem a obrigação consciencional de criar alternativas melhores.
    Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao luxo de sair sem destino.
    O nosso futuro não é responsabilidade de outrem, nós é que construímos o nosso futuro. Sem desculpas, pode começar...

    ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA.

    No início comentei sobre as pessoas que realizaram o sucesso e outras que não tiveram a mesma sorte.
    Em primeiro lugar, acredito que temos de definir o que é sucesso.
    Sou pelas coisas simples, sucesso é gostar do que faz e fazer o que gosta.
    Tentamos nos moldar em uma cultura de determinados valores, onde o sucesso é medido pela posse de coisas, mas é muito mesquinho você ter e não desfrutar daquilo que realmente deseja.
    As pessoas que realizaram a oportunidade de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente, não só imaginaram, atravessaram e encontraram os objetivos do outro lado.
    Os objetivos a serem perseguidos, foram construídos dentro de uma visão clara do que se queria alcançar, em tempo suficiente, de modo adequado, através de fatores pessoais ou impessoais, facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento utilizado para a sua concretização.

    A visão sem ação, não passa de um sonho.
    A ação sem visão é só um passatempo.
    A visão com ação pode mudar o mundo.

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